O protesto do 7 de Setembro na Avenida Paulista, com a presença de Jair Bolsonaro (PL), será marcado por fortes críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ambos serão representados por bonecos gigantes durante o evento.
Organizado pelo pastor Silas Malafaia, a manifestação começará às 14h e promete discursos contundentes, com Malafaia afirmando que sua fala será focada no impeachment de Moraes. Malafaia, aliado de Bolsonaro e coordenador de outros atos bolsonaristas, pretende apresentar uma postura mais firme. A oposição no Senado anunciou que no dia 9 apresentará um pedido de afastamento do ministro.
Além de Bolsonaro, devem discursar deputados e senadores como Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O evento é previsto para durar ao menos uma hora e meia. Como de costume, a fala de Bolsonaro deve ser mais cautelosa devido às investigações no STF.
Até quinta-feira à noite, estavam confirmados cerca de 60 deputados e 12 senadores, conforme o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Dois trios elétricos estarão disponíveis para os participantes: o primeiro contará com Bolsonaro e seus principais aliados, enquanto assessores e outros políticos ficarão no segundo veículo.
Diferente dos atos anteriores, desta vez não haverá restrições quanto a cartazes e faixas. Em fevereiro, havia preocupação com a possibilidade de faixas contra Moraes aumentarem a pressão para uma possível prisão de Bolsonaro. Malafaia afirmou: “O povo é livre. É uma manifestação pela liberdade, e eu não vou impedir [as pessoas de levar o que quiserem].”
A oposição também está pressionando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a considerar o pedido de afastamento de Moraes. A abertura de um processo de impeachment contra ministros do STF dependerá dele. Inicialmente, o protesto estava previsto para ocorrer em Belo Horizonte, base eleitoral de Pacheco.