A primeira missão de Flávio Dino no STF é ‘enterrar’ a Lei das Estatais, diz jornal

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino tem uma missão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para cumprir no novo cargo: colocar uma pá de cal sobre as restrições impostas pela Lei das Estatais à indicação de políticos para cargos em empresas públicas. É “uma missão considerada essencial pelo Palácio do Planalto”, afirma a coluna de Malu Gaspar, de O Globo.

A restrição não vale mais desde março do ano passado, quando, às vésperas de se aposentar no STF, o ministro Ricardo Lewandowski (hoje titular da pasta de Justiça do governo Lula), concedeu uma liminar para derrubar a proibição de indicações políticas. Até hoje, a liminar de Lewandowski não foi votada no plenário da Corte.

Foi graças a essa decisão de Lewandowski que políticos indicados por Lula assumiram cargos nas estatais, como Petrobras e BNDES.

Atualmente, a ação contra a Lei das Estatais, ajuizada em dezembro de 2022 pelo PCdoB, partido aliado do PT, está sob análise do ministro Nunes Marques, que pediu vista. Com isso, o processo só deve voltar ao plenário em abril, “mas o Planalto dá como certo que, quando chegar a hora, Dino votará a favor dos interesses da classe política e da administração petista”, diz a coluna de O Globo.

O senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator a indicação de Dino ao Supremo, já tinha adiantado esperar que no Supremo o então ministro da Justiça fizesse uma “reparação” à “criminalização” da política.

Em discurso, o pedetista disse: “E agora mandaram uma pessoa [Flávio Dino] que conhece a política e sabe o papel da Constituição. Vai ser ruim para nós? Esquece. Eu estou convencido de que, se hoje tem muita crise, é porque justamente nós sempre deixamos os políticos em segundo plano”.

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