Alckmin se reúne com aliado de Trump, enquanto Nikolas comenta desaprovação de Lula: ‘Começo do fim’

Foto: Reprodução | Cadu Gomes/VPR

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou nesta sexta-feira (14) os números da pesquisa Datafolha que indicam a pior avaliação do governo Lula desde o seu primeiro mandato, em 2002. Segundo o levantamento, apenas 24% dos entrevistados consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 41% a classificam como ruim ou péssima. Outros 32% avaliam o governo como regular.

Nikolas destacou a queda de apoio entre a população de menor renda e insinuou um possível enfraquecimento do petista:

– Aprovação de Lula recua 15 pontos entre os mais pobres. 16/03 é o começo do fim desse governo – afirmou o parlamentar, mencionando a manifestação convocada para essa data em defesa do impeachment do presidente.

Alckmin amplia espaço e reforça interlocução internacional

Enquanto Lula enfrenta críticas, há quem veja no vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) um nome cada vez mais fortalecido no cenário político. Na mesma semana da divulgação da pesquisa, Alckmin recebeu em Brasília o senador republicano Steve Daines, um dos aliados mais próximos de Donald Trump e do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

A visita foi interpretada como um “quebra-gelo” nas relações entre os dois países e um movimento estratégico do governo brasileiro para manter o diálogo aberto com os republicanos. Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou a importância da parceria Brasil-EUA e reforçou a necessidade de ampliar investimentos e fortalecer cadeias produtivas.

– Ele trouxe um abraço do presidente Trump, do vice-presidente Vance e do secretário Marco Rubio. Foi muito positiva a conversa – afirmou Alckmin.

Nos bastidores, há quem diga que o vice-presidente vem assumindo um papel cada vez mais relevante, consolidando-se como uma figura de equilíbrio e articulação política dentro do governo. Diante da queda de popularidade de Lula e da crescente insatisfação de setores econômicos e políticos, há especulações sobre a possibilidade de Alckmin se tornar uma opção mais viável para liderar o país em um futuro próximo.

Cenário político e as movimentações do governo

Com a economia dando sinais de alerta e a base aliada demonstrando ruídos, Lula enfrenta o desafio de reverter a percepção negativa sobre sua gestão. Enquanto isso, Alckmin se movimenta com cautela, fortalecendo sua imagem de moderador e interlocutor de diferentes setores.

A manifestação convocada para o dia 16 de março será um indicativo do desgaste do governo e do poder de mobilização da oposição. Já Alckmin, ao evitar embates diretos e ampliar suas pontes diplomáticas, pode estar pavimentando um caminho que, para alguns, pode levá-lo ao protagonismo – e, quem sabe, até à Presidência.

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