O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez declarações polêmicas no último sábado (11) ao sugerir que “tropas brasileiras” sejam utilizadas para conquistar a “liberdade de Porto Rico”, território sob o controle dos Estados Unidos. A afirmação foi feita durante um discurso no qual Maduro mencionou Simón Bolívar e uma suposta agenda de libertação para a ilha caribenha.
“A liberdade de Porto Rico está pendente, e nós vamos conquistá-la. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”, afirmou Maduro, dirigindo-se a alguém identificado apenas como Breno.
A fala, que pode ter sido feita em tom de piada, gerou repercussão devido à referência às forças brasileiras e ao Batalhão General Abreu e Lima, pertencente à Polícia Militar de Pernambuco.
PORTO RICO E AS TENSÕES COM MADURO
Jenniffer González-Colón, governadora de Porto Rico, é crítica ao regime de Maduro e apoia a oposição venezuelana liderada por María Corina. Após as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, González-Colón declarou apoio a Edmundo González, opositor de Maduro, e ao povo venezuelano em sua luta por democracia.
VENEZUELA SOB MADURO
Nicolás Maduro governa a Venezuela sob um regime amplamente considerado autocrático. Eleições contestadas, repressão a opositores e violações de direitos humanos têm marcado sua gestão. Relatórios de organizações internacionais, como a Human Rights Watch e a OEA, denunciam abusos e irregularidades no país, onde mais de 7 milhões de pessoas já fugiram da crise econômica e política.
As eleições presidenciais de 2024, que deram a Maduro mais um mandato, foram amplamente questionadas por fraudes e impedimentos à oposição. Apesar disso, alguns líderes regionais, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, têm adotado uma postura mais conciliatória em relação ao regime venezuelano, evitando cobranças mais duras.
A sugestão de Maduro envolvendo tropas brasileiras pode ser interpretada como mais uma provocação em sua retórica antiamericana e na tentativa de reafirmar sua agenda bolivariana na região.
