Nesta terça-feira, dia 27, a advogada mineira Edilene Lobo, que prestou seus serviços na defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a nova ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta nomeação foi anunciada pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, no início do julgamento que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Edilene Lobo trabalhou na defesa de Dilma Rousseff durante sua campanha ao Senado por Minas Gerais, em 2018. Embora Dilma fosse a candidata favorita nas pesquisas, os 2,7 milhões de votos recebidos pela ex-presidente não foram suficientes para assegurar sua eleição.
A nomeação de Lobo foi sugerida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano, após a aposentadoria dos ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach do TSE. Contudo, o presidente Lula optou por nomear Floriano de Azevedo Marques Neto e André Ramos Tavares. Ambos estão participando do julgamento que ocorre nesta terça-feira.
Após essa série de nomeações, Edilene retornou à lista tríplice do STF no dia seguinte à posse dos dois novos ministros. Junto a ela na lista estão Daniela Borges, presidente da OAB-BA, e Marilda de Paula Silveira, assessora jurídica do TSE. Notavelmente, Edilene Lobo é a única pessoa negra presente nas duas listas tríplices.
Espera-se que a nomeação de Lobo seja publicada oficialmente no Diário Oficial da União nos próximos dias. Esta indicação de Lula vem após sua nomeação de um advogado para o STF, ressaltando uma tendência de nomeações de confiança para posições-chave do judiciário.