A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou um relatório técnico ao Supremo Tribunal Federal (STF) referente à recuperação de um vídeo deletado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, dois dias após os atos do 8 de janeiro.
Os documentos integram o inquérito que investiga a incitação a depredações aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, onde os apoiadores do político se manifestaram contra o resultado das eleições. Houve um “esforço” para recuperar o material.
A preservação desse material havia sido solicitada pela PGR ao Supremo em 13 de janeiro. No entanto, a empresa responsável pela administração do Facebook, a Meta, alegou a indisponibilidade do conteúdo devido à falta de intimação em tempo hábil. A PGR requisitou uma investigação sobre a conduta do ex-presidente e da própria Meta.
Recentemente, a plataforma compartilhou os resultados das buscas internas, declarando em inglês que “não há registros disponíveis” (“no responsive records located”). Os advogados da Meta argumentaram que o STF não deveria penalizar a empresa por supostamente descumprir uma ordem que consideram “materialmente impossível”.
A resposta da empresa foi dada após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, conceder um prazo de 48 horas para a empresa fornecer uma cópia do vídeo. Advogados da Meta se reuniram com o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pela coordenação das investigações do 8 de Janeiro, sem divulgar detalhes sobre o encontro.