O ex-presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira, 29, que “ainda conta” com a isenção da maioria dos integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Até o último momento eu conto com um julgamento justo.”
A Corte Eleitoral retoma hoje a análise da ação que pode tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, votou por condená-lo na terça-feira 27. De acordo com o magistrado, Bolsonaro cometeu abuso de poder econômico e usou indevidamente os meios de comunicação.
Em Brasília, antes de embarcar para o Rio de Janeiro onde cumprirá uma agenda de compromissos hoje, Bolsonaro disse aos jornalistas que no país “não pode ser um tabu” discutir certos assuntos.
“Qual o problema de você apresentar propostas para aperfeiçoar aquilo que é a alma da democracia, que nós podemos dar para a população a garantia de que as eleições foram transparentes e seguras”, questionou o ex-presidente. “Para alguns é crime duvidar.”
Durante a entrevista aos jornalistas, o ex-presidente citou um projeto de lei apresentado pelo petista José Dirceu, na Câmara dos Deputados, em 1999, criando uma comissão de acompanhamento para o voto eletrônico.
Bolsonaro leu um parágrafo da justificativa apresentada pelo petista, na época: “Como afirmou o próprio Tribunal Superior Eleitoral, durante o último pleito de 1998, não existe sistema isento de falhas e não há garantias efetivas de que um programa paralelo não seja implantado com a finalidade de adulterar a votação.”