A candidata à Prefeitura de Campo Grande, Camila Jara (PT), ainda não se manifestou sobre as denúncias de assédio sexual envolvendo Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos do governo Lula. O escândalo veio à tona após a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatar ter sido uma das vítimas de assédio por parte de Almeida.
Camila, que frequentemente se apresenta como uma ativista pelos direitos humanos e pela defesa da mulher, optou por não abordar o assunto publicamente. Sua postura gerou questionamentos, principalmente porque as denúncias contra Almeida envolveriam também outras mulheres e tem sido amplamente divulgado pelos jornais.
O silêncio da candidata ocorre em meio a um momento sensível, quando a Polícia Federal anunciou a abertura de um inquérito para investigar as acusações contra Silvio Almeida.
As denúncias contra Almeida incluem toques inapropriados e expressões de teor sexual. Conforme coluna de Igor Gadelha, do Metropoles, os relatos são de que o Ministro teria passado a mão entre as pernas de Anielle, por baixo da mesa, enquanto acontecia uma reunião do governo.
O Me Too Brasil emitiu uma nota falando que “recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos”, apontando para a existência de outras vítimas que se teriam sido assediadas por ele.
– A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico. Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa – diz parte da nota.