A Prefeitura de Belo Horizonte (MG) se envolveu em uma grande polêmica após publicar, em suas redes sociais, um vídeo em colaboração com o influenciador Zotha, onde dois homens se beijavam durante o carnaval – um fantasiado de Jesus e o outro de diabo. A publicação gerou revolta nas redes sociais e despertou uma série de críticas, principalmente da ala conservadora.
O vereador Pablo Almeida (PL) foi um dos primeiros a denunciar o conteúdo, considerando-o um ato de vilipêndio, o que é tipificado como crime. Em um vídeo, Almeida questionou a gestão municipal sobre a aceitação da colaboração com o influenciador, exigindo explicações sobre o conteúdo postado.
Após o vídeo ganhar grande repercussão e gerar debates acalorados, o perfil oficial da Prefeitura de Belo Horizonte removeu a publicação. Pablo Almeida comemorou a ação e reforçou a cobrança, dizendo: “A cobrança funcionou! A Prefeitura de BH removeu a publicação que vilipendiava a fé cristã. Aqui esse tipo de desrespeito com o cristianismo não vai prosseguir”, escreveu em sua conta no X (anteriormente Twitter).
Zotha, por sua vez, também apagou o vídeo de seu perfil pessoal e se defendeu nos stories, dizendo que a decisão foi tomada após receber ataques homofóbicos de grupos de extrema-direita. O influenciador comentou sobre a diferença no tratamento entre casais heterossexuais e homossexuais, afirmando que, caso fosse um casal hétero, o vídeo não teria causado tamanha polêmica. Ele ainda criticou o que chamou de “indignação religiosa”, afirmando que a fé estava sendo usada como justificativa para perseguição e desumanização.
A polêmica levantou questões sobre os limites da liberdade de expressão e o respeito às crenças religiosas, gerando um intenso debate sobre a atuação de autoridades públicas nas redes sociais.
