A Prefeitura de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, quer eliminar alguns termos de sua rede de ensino. Na mira, estão, por exemplo, expressões como “mercado negro” e “cabelo ruim”. Para isso, o órgão começou a distribuir uma “cartilha antirracista” nas escolas municipais. A informação foi divulgada na quarta-feira 7.
“Lista negra” e “inveja branca” são outros exemplos das 36 expressões consideradas racistas e, portanto, desaconselhadas na cartilha Expressões Racistas: Por Que Não Usar. “Expressões assim são tão comuns em nosso vocabulário, e são ditas há tanto tempo, que muita gente nem percebe o alto teor de racismo que elas contêm”, disse a prefeitura do município paulista.
“Este é um documento construído de forma colaborativa por profissionais que têm se dedicado aos estudos do pensamento decolonial”, informa a secretária de Educação de São Caetano do Sul, Minéa Fratelli. Decolonial é, basicamente, substituir conceitos considerados europeus ou brancos.
As práticas consideradas antirracistas serão levadas para a escola. Isso se dará, inclusive, na “aprendizagem de bebês, crianças e jovens, além de uma educação verdadeiramente equânime”, explica a prefeitura.