Com ‘controle das redes’, STF quer é impor censura, diz J.R. Guzzo

Foto: Dias Toffoli, durante a sessão plenária do STF – 04.12.2024 | Foto: Gustavo Moreno/STF

A recente sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a regulação das redes sociais reacendeu o intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão no Brasil. Críticos apontam que o que está sendo apresentado como “controle” das plataformas digitais seria, na verdade, uma forma de censura, voltada a restringir vozes contrárias ao governo ou ao próprio Judiciário.

O colunista J.R. Guzzo, em artigo publicado no Estado de S. Paulo, expôs sua visão contundente sobre o tema, chamando o esforço de regulação de “o maior ataque à liberdade de expressão jamais visto na história da República”. Ele argumenta que as redes sociais, mesmo sujeitas ao Código Penal e ao Marco Civil da Internet, tornaram-se alvos por representarem uma ameaça direta às elites políticas e culturais, permitindo que cidadãos comuns expressem suas opiniões sem passar pelo filtro de instituições tradicionais.

Redes Sociais: Voz do Povo

Segundo J.R. Guzzo, as redes sociais representam um marco na comunicação pública, permitindo que qualquer cidadão, de qualquer classe social, compartilhe ideias e opiniões. Esse cenário incomodou figuras políticas e institucionais, que veem sua autoridade contestada por narrativas que nascem fora dos veículos tradicionais de comunicação.

Para o colunista, as medidas do STF são uma forma disfarçada de censura, pois buscam restringir justamente esse ambiente livre. “Estão fazendo o maior ataque à liberdade de expressão jamais visto na história da República”, afirmou Guzzo em artigo publicado no Estado de S. Paulo.

“Controle” ou “Censura”?

A justificativa dos defensores da regulação é que as redes sociais seriam uma “terra sem lei”, onde crimes como desinformação e discursos de ódio se proliferam. No entanto, opositores argumentam que a legislação já existente, como o Código Penal e o Marco Civil da Internet, é suficiente para combater abusos.

Os críticos alertam que o verdadeiro objetivo da regulação é outro: calar vozes dissidentes. “O regime STF-Lula quer censurar a internet porque, pela primeira vez, brasileiros podem dizer o que pensam sem pedir licença a jornalistas, acadêmicos ou bilionários com ‘pegada social’”, denunciou Guzzo.

Declarações Polêmicas

Uma das justificativas mais controversas veio do ministro Dias Toffoli, que associou a liberdade nas redes a um caso de violência policial em São Paulo, sugerindo que a “falta de lei” na internet teria incentivado o ato. Para juristas e críticos, essa é uma “falácia” que busca justificar restrições arbitrárias à liberdade de expressão.

A Defesa da Liberdade

A liberdade de expressão é um dos pilares da democracia, protegendo o direito de discordar, criticar e questionar. Qualquer tentativa de restringi-la deve ser vista com cautela, especialmente quando parte de órgãos que deveriam defendê-la.

Ao regular as redes sociais, o Brasil corre o risco de retroceder décadas em conquistas democráticas. O combate à desinformação e ao discurso de ódio não pode ser feito às custas da liberdade individual. É essencial que a sociedade esteja vigilante e defenda o direito de cada cidadão de se expressar livremente, sem medo de represálias ou censura.

OUTRAS NOTÍCIAS

VEJA MAIS