Milhares de argentinos foram às urnas, neste domingo (13), em função das eleições primárias no país. Com mais de 95% dos votos apurados, o economista libertário Javier Milei lidera entre os candidatos, seguido por Sergio Massa e Patrícia Bullrich.
Caso não haja segundo turno, as eleições argentinas serão decididas em 22 de outubro.
Com 30,4% dos votos, a chapa “A Liberdade Avança”, de Javier Milei, lidera as primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO). Em seguida, com 28,7%, está o partido “Juntos pela Mudança”, de Patrícia Bullrich. Apesar da segunda colocação entre as chapas, Bullrich está em 3º lugar nas eleições gerais, com 16,98% dos votos.
Por sua vez, o partido governista de Sergio Massa, “União pela Pátria”, estabeleceu-se em terceiro lugar, com 27,27% dos votos.
Para se encaminharem às Eleições Gerais, que ocorrerão em 22 de outubro deste ano, os candidatos deverão obter um mínimo de 1,5% dos votos. Se necessário, o segundo turno será realizado em 19 de novembro, com os dois candidatos mais votados.
Milei tornou-se alvo de retaliações e críticas exacerbadas da grande mídia, principalmente quando começou a posicionar-se de forma árdua contra a extrema-esquerda. Logo ao declarar-se pré-candidato às eleições presidenciais, os grandes jornais argentinos e internacionais desprezaram uma possível vitória de Milei nas primárias.
Autointitulado libertário, Javier Milei aproximou-se de referências conservadoras da Argentina como Victoria Villaruel, Nicolas Marquez, Agustin Laje. Milei é um pró-vida pela ética liberal que defende “liberdade, vida e propriedade”.
A reforma do Estado e ajuste fiscal, a preferência por privatizações, a dolarização da economia argentina, a reforma tributária e a abertura ao Comércio Internacional incluem alguns de seus objetivos em seu programa de governo.
O argentino tornou-se símbolo de um populismo libertário e, similarmente ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, é abordado por milhares de simpatizantes em aeroportos e espaços públicos.