No que depender do deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), o Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os gastos com hospedagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suas comitivas em viagens internacionais. O parlamentar protocolou o pedido nesse sentido nesta segunda-feira, 26.
Ao pedir que o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, apure esse tipo de gasto por parte do governo federal, Sanderson cita informações veiculadas na imprensa. De acordo com ele, veículos de comunicação informaram que, só com esse tipo de serviço, a equipe do petista pagou R$ 7,3 milhões desde janeiro.
No ofício encaminhado ao presidente do TCU, o deputado do PL reforça que tais gastos foram somente com quartos de hotéis espalhados pelos países visitados por Lula desde a sua volta ao poder, no começo do ano. “Valor ao qual não estariam inclusos os gastos com carros nem com a contratação de intérpretes, tampouco as últimas viagens à França e à Itália”, registra o congressista da oposição.
Como exemplos, o deputado cita, com base em dados públicos, que o presidente gastou somente com hospedagens as seguintes quantias:
- R$ 1,8 milhão — China;
- R$ 1,4 milhão — Reino Unido;
- R$ 1 milhão — Portugal; e
- R$ 815 mil — Espanha.
Sanderson lembra que a comitiva liderada por Lula no exterior também foi responsável por gastos com locação de automóveis. Conforme noticiado, somente a viagem de dois dias à Espanha, em abril, foi responsável por tirar dos cofres públicos cerca de R$ 500 mil com aluguel de carros.
“[Não há] carta branca para uma gastança desenfreada”
“Tais fatos, em conjunto, indicam possíveis irregularidades relacionadas a desvio de finalidade e malversação dos recursos públicos no custeio de hospedagens em viagens realizadas pelo presidente Lula e sua comitiva”, argumenta Sanderson, em trecho de seu requerimento. “Isso porque a existência de programas orçamentários e ações voltadas para a gestão e a manutenção do Poder Executivo Federal, sob a responsabilidade da Presidência da República, não lhe concede carta branca para uma gastança desenfreada”, prossegue o deputado.