(David Ayala, Graduando em Letras/Português)
No Brasil, e especificamente nos últimos quatro anos, houveram inúmeros debates acerca do armamento civil. Dentre os argumentos favoráveis, destacavam-se a legitimidade da defesa da vítima para com o agressor, por outro lado, argumentos não favoráveis insinuavam o incentivo ao crescimento da violência na sociedade, através o discurso supostamente pacifista “mais livros e menos armas”.
Faz sentido?
Em um país, que o índice de homicídios alcançava o patamar de 57.956 mil assassinatos, conforme o Instituto Igarapé, dados divulgados em 2018, via-se o alarmante índice de criminalidade nas últimas décadas e foi nessa estirada que o movimento pró-armas, destacou sua pauta e ganhou forças nas mídias independentes, através de parlamentares de direita, palestras, seminários e sobretudo nos livros.
Iniciaram-se então, novas frentes de discussões sobre as políticas públicas de segurança, a flexibilização do porte de armas a atiradores esportivos e, nesse contexto, a tentativa de incluir o cidadão comum, com o assunto em alta, a pasta aderiu novos apoiadores a causa.
Conforme apurado pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), em 2019, coincidentemente após a liberação das armas, a taxa de homicídios despencou e foi a menor, chegando a 22%.
Contudo, agentes do Estado, a elite intelectual, classe artística, desembargadores, juízes, professores e como de praxe os políticos de esquerda, os quais pasmem, tem o direito de possuir seguranças armados até os dentes, não com flores, declamações de poemas e sim ARMAS de fogo!
A dissonância cognitiva dos intelectuais orgânicos, nome dado pelo italiano marxista Antônio Gramsci (1891-1937), baseia-se na contradição de suas falas e posicionamentos sobre temas polêmicos.
Das duas, uma, ou o cidadão é contra o acesso a armas e não usa, ou é a favor e faz o seu uso.
O que os burocratas almejam negando a possibilidade de proteção e segurança do indivíduo? O agente que mais ganha é o Estado, impondo sua tirania, mantendo a submissão da população e controle social.
Correções/Adaptações: Aline Paiva Lopes, Bacharel em Psicologia