A economia brasileira vive um momento de alerta crítico, com indicadores econômicos que impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros. Na terça-feira (17), o dólar atingiu R$ 6,207, a maior cotação desde a criação do Plano Real, marcando uma desvalorização de 28,2% apenas em 2024.
Essa depreciação do real reflete a desconfiança crescente dos investidores em relação ao governo, agravada por falta de clareza na condução econômica e um cenário fiscal instável.
Juros, inflação e poder de compra
Outro indicador alarmante é a Selic, atualmente em 12,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) já anunciou novas altas para 2025, o que deve encarecer ainda mais o crédito e pressionar o consumo e o investimento.
A inflação segue acima do teto da meta. O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, projeta um IPCA de 4,89% para 2024 e 4,60% para 2025, corroendo o poder de compra das famílias, especialmente das mais pobres.
Embora a taxa de desemprego tenha caído para 6,2% em outubro, o mercado de trabalho segue marcado pela informalidade e pela precariedade, mantendo a renda abaixo do necessário para cobrir o custo de vida crescente.
A paralisia das entidades e do governo
A Forbes destaca o silêncio de associações empresariais, sindicatos e outras entidades que poderiam pressionar por soluções mais eficazes. A postura reativa do Executivo e do Legislativo também tem contribuído para a paralisia diante de uma crise tão grave.
O relatório afirma que a falta de medidas estruturais, a complacência das entidades e os discursos vazios agravam a situação, fortalecendo a sensação de inércia nacional.
“O Brasil não suporta mais dois anos”
A análise reforça que o governo Lula precisa abandonar as promessas ilusórias e apresentar um plano econômico sólido e transparente. A sociedade também precisa romper o silêncio e exigir mudanças reais.
O texto termina com um alerta: dois anos de inércia podem ser devastadores. A pergunta que fica é: quando a sociedade e o governo agirão para evitar um desastre ainda maior?
Créditos: Forbes