A Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou nesta terça-feira (30), que não reconhece os resultados das eleições na Venezuela anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que confirmou a reeleição de Nicolás Maduro.
Segundo um relatório da OEA, existem indícios de que o regime manipulou os números da apuração para favorecer Maduro.
Um dos indícios apontados é o atraso na divulgação dos resultados. De acordo com o CNE, o atraso foi devido a um “ataque hacker”. O documento também menciona denúncias de “ilegalidades, irregularidades e más práticas”.
A OEA afirmou que o CNE declarou Maduro vencedor sem apresentar dados que comprovem o resultado e observou que os números oficiais contêm “erros aritméticos”.
A organização comunicou que a ditadura venezuelana usou um “esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.
“No decorrer de todo este processo eleitoral, assistimos à aplicação, por parte do regime venezuelano, de um esquema repressivo, complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando este resultado à disposição das mais aberrantes manipulações”, afirmou a OEA.
Resultado da eleição
No domingo (28), os venezuelanos foram às urnas. Na madrugada do dia seguinte, o CNE declarou Maduro vencedor com 51,2% dos votos, mesmo com 80% das urnas ainda em apuração.
O ex-diplomata Edmundo González, substituto de María Corina, recebeu 44% dos votos, informou o CNE, apesar das denúncias de fraude.
Dessa forma, a oposição contestou o resultado e acusou o CNE de fraude. Pouco depois, María Corina afirmou ter tido acesso a 73% das atas da eleição, que, segundo ela, indicam a vitória de González.