Após uma decisão unânime em Assembleia Geral, os metroviários decidiram pela greve de tempo indeterminado com total paralisação da frota, rejeitando veementemente o reajuste de 3,45% proposto pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o qual não contempla o Piso.
Membros da categoria expressaram insatisfação, afirmando: “O Governo Lula é uma decepção para os trabalhadores metroviários. Na campanha, prometeu retirar a CBTU da privatização, porém segue na mesma linha de Bolsonaro”.
Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, demonstrou descontentamento com a proposta da SEST. “A categoria sempre se mostrou aberta a negociações. Fizemos paralisações e aceitamos propostas de negociação. Contudo, a empresa não trouxe propostas válidas”, pontuou.
A mediação, conduzida pela procuradora-chefe do MPT em Pernambuco, Ana Carolina Lima Vieira, resultou em um reajuste proposto de 3,45%, sem aplicação no Piso. Luiz comentou: “É uma proposta indecente. Não esperávamos isso do Governo Lula”.
Assis Filho, vice-presidente do Sindmetro-PE, ressaltou a gravidade da situação: “Vamos radicalizar. Greve total. Nada de 40% ou 60%. Queremos 100% de frota parada”.
Leandro Félix, maquinista, fez um apelo direto: “O presidente Lula precisa lembrar que foi eleito pela classe trabalhadora. Prometeu retirar a CBTU do Programa Nacional de Desestatização. Passaram-se oito meses e nada. Vamos agir fortes e unidos”.
Arquimedes, um dos metroviários, completou: “Nossa decepção tem nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Não somos como os bolsonaristas. Nós questionamos e vamos à luta”.