O grupo terrorista Hamas publicou uma nota agradecendo o presidente brasileiro por se colocar contra Israel e comprar o ataque na Faixa de Gaza com o holocausto nazista.
Pelo X, antigo Twitter, o grupo palestino disse que a fala de Lula representa o sentimento que o seu povo enfrenta nos últimos meses.
– Nós do Movimento Resistência Islâmica (Hamas) agradecemos a declaração feita pelo presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu o que nosso povo palestino enfrenta na Faixa de Gaza como um Holocausto e que as ações dos sionistas hoje em Gaza são as mesmas que Hitler fez com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial – diz a nota.
Os terroristas também pedem que a Corte Internacional de Justiça leve em consideração a declaração do presidente brasileiro para condenar Israel na ação movida pela África do Sul, acusando Tel Aviv de genocídio.
Neste domingo (18), o presidente brasileiro disse que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio.
– Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus – declarou o petista.
O comentário foi feito durante uma entrevista que Lula concedeu a jornalistas no hotel onde está hospedado, em Adis Abeba, Etiópia, e gerou uma reação imediata de aliados de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que as palavras do líder brasileiro são “vergonhas e graves” e a comparação “cruza uma linha vermelha”. O político também reafirma o direito de Israel de se defender após o ataque terrorista do Hamas.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, considerou a fala do petista como “vergonhosas e graves” e informou que o embaixador brasileiro em Israel será chamado para uma repreensão nesta segunda-feira (19).
– As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Ninguém prejudicará o direito de Israel se defender. Ordenei ao pessoal do meu gabinete que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de repreensão amanhã – escreveu o ministro israelense.