Evidências reunidas pelo advogado Renato Gomes, que defende o ex-assessor Carlos Victor Carvalho (CVC), alvo de uma operação que mirou o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), mostram que CVC não estava em Brasília, no 8 de janeiro, como alegou a Polícia Federal (PF).
Com base em dados de geolocalização, as provas mostram que CVC estava em Campos dos Goytacazes (RJ) quando ocorreu a manifestação na Praça dos Três Poderes. O rastreamento do celular de CVC mostra o homem em um parque, às 11h12. Minutos depois, ele decidiu circular perto de uma escola e foi até um supermercado chamado Super Bom, onde permaneceu até 12h07.
Além disso, no da seguinte, CVC esteve na loja Açaí Bom e Gostoso, por volta de 19 horas. A defesa apresentou imagens de câmeras de segurança do estabelecimento.
Para cumprir mandados contra CVC, a PF usou uma foto que supostamente mostra o ex-assessor na capital federal, quando os protestos se iniciaram. Gomes, contudo, informou que o conteúdo é de 2019, quando seu cliente participou da posse de Bolsonaro, e não 2023.
Carlos Jordy é chamado de “meu líder”
Na investigação da PF, CVC é apontado como uma liderança local de “extrema direita”. Ele teria supostamente financiado ônibus até Brasília. Detido pela PF em Guaçuí (ES), foi levado para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Guarus, subdistrito de Campos dos Goytacazes, norte fluminense.
Um diálogo entre CVC e Jordy mostram o ex-assessor chamando o parlamentar de “meu líder”. Essa troca de mensagens serviu de embasamento para o congressista ser considerado um dos mentores dos protestos.