Em sessão realizada na ALEMS (Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul) na última quarta-feira, os deputados estaduais Rafael Tavares e João Henrique Catan cobraram respostas da casa em relação a péssima gestão da administração da CASSEMS (Caixa Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul).
Ao comentar os contratos de publicidades da CASSEMS, o deputado Rafael Tavares falou sobre matéria antecipada pelo MS Conservador, que publicou denúncia de servidores que alegavam que o Presidente da Cassems, Ricardo Ayache, estava recebendo elogios de supostos perfis fakes nas redes sociais.
“São várias perguntas sem respostas. Por exemplo, o contrato de R$ 5 milhões em publicidade. Quem são as empresas e quais serviços foram realizados? No perfil do Instagram da Cassems, observamos perfis fakes de Fortaleza, Sorocaba e Joinville fazendo elogios, como forma de enganar a opinião pública. A abertura de uma CPI representa uma resposta ao servidor, que não sabe para onde está indo o dinheiro dele”, disparou o deputado Rafael Tavares.
O deputado João Henrique Catan, ao comentar a ineficiência da casa em discutir as pautas propostas, denunciou supostos indícios de superfaturamento em negociações feitas pela CASSEMS (Caixa Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul).
O parlamentar citou possíveis irregularidades nos contratos da Cassems com a Suda Odonto, que presta serviço odontológico aos servidores, dizendo que não foram respeitadas as fases que antecedem a formação do contrato. Disse que o contrato inicial previa R$ 22,90 nas adesões compulsórias ao plano odontológico e franquia de R$ 22 a ser paga aos profissionais da área. “Em menos de 24 horas, teve aditivo e o valor da franquia passou para R$ 15”.
Catan afirmou ainda que pediu orçamentos de três empresas nacionais, nos mesmos moldes do contrato da Cassems e Suda Odonto, e o valor reduziu para R$ 9. “Ficou evidente a existência de um lobby e do servidor lesionado. A Cassems precisa devolver aos servidores o valor indevidamente cobrado”. Em aparte, o deputado Coronel David (PL) anunciou sua adesão ao pedido de CPI. “Diante do que foi apresentado, fui convencido da existência de um fato determinado e grave, que exige uma apuração desta Casa. Assino o pedido para instalação da CPI”, afirmou.
Após cobrar uma atitude da Assembleia, o deputado alegou que a casa tem sido omissa em debater os temas necessários para o devido cumprimento da função de serviço a população. “Essa casa precisa começar a dar respostas para a população, sobe na tribuna dessa casa os parlamentares mostrando que os trabalhos da casa, que as comissões estão inutilizando os temas que chegam a plenário, como se irrelevantes fossem”, disse.
Para dar embasamento em suas falas, Catan relembrou que já foram abertos na casa outras CPIs para investigar irregularidades cometidas nas instituições do Mato Grosso do Sul. “Essa casa já abriu a CPI da Enersul, e colheu seus resultados”, “Essa casa já abriu CPI da Energisa”, “Essa casa já abriu a CPI do JBS e obrigou essa empresa a devolver recursos para o Estado”, “Essa casa já abriu CPI para apurar o Escândalo do Gisa”, “Nós podemos sim abrir CPI contra a CASSEMS”, cobrou o parlamentar.