Conforme publicado pelo portal O Contribuinte, pesquisas divulgadas pelo Instituto Ranking Pesquisa no primeiro turno das eleições, teriam como objetivo impulsionar as candidaturas dos prefeitos tucanos que buscavam a reeleição em Naviraí, Paranaíba e Sidrolândia. No entanto, a população estaria cansada de anos de gestão ineficiente e denúncias de corrupção, levando o instituto a promover uma ilusão de que existe um desejo popular pela continuidade dos prefeitos do PSDB nesses municípios.
Em uma movimentação controversa, o instituto anunciou na terça-feira, 1º de outubro, um crescimento “mágico” de 12% da prefeita Rhaiza Matos, que agora está tecnicamente empatada, dentro da margem de erro, com o bolsonarista Rodrigo Sacuno (PL), disse o portal.
Situação semelhante ocorre em Sidrolândia, onde a prefeita Vanda Camilo (PSDB) enfrenta a pressão do Ministério Público Estadual e uma série de escândalos de corrupção, mas ainda assim apresentou um aumento nas intenções de voto nas últimas pesquisas, disputando acirradamente com o bolsonarista Rodrigo Basso (PL). A Operação Tromper, que expôs as denúncias contra Vanda, representa um dos principais desafios da prefeita, mas o instituto continua a indicar uma corrida acirrada com o pecuarista.
Em Paranaíba, o prefeito e candidato à reeleição Maycol Doido (PSDB) enfrenta uma forte oposição do bolsonarista Robson Rezende (PL). A expectativa é que uma pesquisa, programada para ser divulgada nesta quarta-feira, 2 de outubro, mostre resultados favoráveis ao atual prefeito.
Fontes próximas ao prefeito revelaram que ele contratou o Instituto Ranking Pesquisa — que se considera “de confiança” — com a missão clara de entregar resultados que mostrem sua liderança nas intenções de voto. “Ele está tão preocupado com o resultado das urnas, com o crescimento da campanha do outro candidato a prefeito, que decidiu resolver o problema antes mesmo da população votar”, confidenciou um assessor.
Conforme publicado pelo site, o Instituto Ranking Pesquisa tem um “histórico problemático”, acumulando processos judiciais por práticas de supostas “fraudes eleitorais”. Conforme o portal, o dono do instituto seria aberto sobre suas preferências pela permanência de algumas ‘alas da política’ nas prefeituras dos municípios do estado.
Diante de cada nova pesquisa divulgada em Naviraí, Sidrolândia, Paranaíba e outros municípios, surge uma questão inquietante: os números realmente refletem a vontade do povo ou a vontade de quem os financia? O Instituto Ranking é investigado repetidamente por inflar os números de candidatos, e sua reputação está sob a mira da Justiça.
A veracidade dessas alegações pode ser facilmente comprovada em uma busca no site do Tribunal Superior Eleitoral ou nos processos em andamento na Justiça. Augusto da Silva Rocha, sócio do instituto, é alvo de quase 200 processos judiciais por suspeita de fraude. Ele é investigado por “estelionato eleitoral” e suspeito de manipular pesquisas em vários municípios do país, conforme indicam os documentos.
Rocha também foi alvo do Ministério Público Federal em 2022 por fraudes em pesquisas de intenção de voto. Ele enfrenta investigações no Conselho Federal de Estatística e é conhecido por supervisionar o maior número de levantamentos financiados por institutos desde 2018. Em 2022, ele foi responsável por 62 trabalhos desse tipo, levantando questionamentos sobre a integridade e a confiabilidade dos dados apresentados.
Segundo Turno
A primeira pesquisa para o segundo turno da eleição municipal em Campo Grande, divulgada pelo Instituto Ranking neste sábado (12), diz que a candidata do União Brasil, Rose Modesto, está na liderança da disputa, com 50% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece Adriane Lopes, do PP, com 38%. Contudo, alguns usuarios das redes socias teriam criticado a pesquisa, alegando que não se trata da realidade.
As informações são do portal O Contribuinte.