A decisão do governo Lula de exigir a remoção de algemas durante a chegada de brasileiros deportados dos Estados Unidos tem gerado forte repercussão negativa e levantado preocupações sobre segurança pública. A medida, segundo críticos, pode beneficiar indivíduos potencialmente perigosos, já que não há transparência total sobre o perfil criminal de cada deportado.
Embora muitos deportados sejam apenas imigrantes em situação irregular, a ausência de informações detalhadas dificulta a identificação de quem cometeu crimes graves. Nos EUA, a entrada ilegal configura crime, enquanto a permanência irregular é classificada como infração civil. No entanto, casos anteriores mostram que muitos deportados também têm histórico de crimes violentos.
Em maio de 2022, por exemplo, um voo com 45 brasileiros deportados desembarcou em Confins (MG). Desses, 24 haviam cumprido penas por crimes graves, incluindo estupro, pedofilia, tráfico de drogas e roubo à mão armada.
Nas redes sociais, internautas criticaram duramente a postura do governo brasileiro. Muitos demonstraram indignação com a aparente leniência e a falta de rigor no tratamento de deportados com histórico criminal.
“Os caras saíram do Brasil, pra cometer crimes nos EUA, e são recebidos aqui como heróis de guerra, esse país é um cabaré”, escreveu Alves Neto.
Outro internauta, Guilherme de Souza, destacou a contradição: “Pera aí, não entendi. Tem gente ali com mandado de prisão em aberto, e estão sendo tratados como refugiados? É isso mesmo? O que esse governo fez com a PF é vergonhoso. Virou uma companhia de teatro que só serve pra prender velhinha com bíblia na mão. Asco disso.”
A falta de clareza e medidas concretas sobre o destino dos deportados com histórico criminal segue alimentando o debate público e dividindo opiniões sobre a postura do governo brasileiro.