A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o governo Jair Bolsonaro (PL) ao tratar da crise do solo em Maceió (AL), durante entrevista realizada em Berlim, na Alemanha, nesta terça-feira (5). Na ocasião, ela acusou o governo federal anterior de “transferir” sua responsabilidade para estados e municípios.
– Existem as responsabilidades que são do governo federal, dos governos estaduais e municipais (…). Desde que Lula assumiu, estamos rearticulando o sistema tripartite, que compreende União, estados e municípios para fazer o fortalecimento da política ambiental. Infelizmente, no governo anterior, essa diretriz foi abandonada, e o governo federal foi transferindo muitas das responsabilidades dos órgãos federais para estados e municípios – declarou a ministra.
Ela também chamou o afundamento do solo em Maceió “de catástrofe” e a exploração do sal-gema pela Braskem de “empreendimento desastroso”.
Marina considera que a solução para evitar casos semelhantes é ser “extremamente rigoroso” no processo de licenciamento ambiental, mas afirmou que nesse caso o licenciamento era de responsabilidade do estado de Alagoas.
– Esse licenciamento é de responsabilidade do estado de Alagoas, e o Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama, está agindo suplementarmente no processo de acompanhamento dessa crise. Dispomos de 12 técnicos especializados em diferentes áreas que ajudam no monitoramento, mas é uma situação que já está estabelecida – acrescentou.