Uma decisão que pode impactar em mais de 50%, no volume de possíveis candidaturas do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul e que está sob a reflexão de Jair Bolsonaro. De um lado, a possibilidade comum, de comportamento da sigla, semelhante a várias outras no Brasil, de composições políticas e nenhum projeto genuíno, enquanto do outro, a tese de Marcos Pollon para todo o Estado: lançar “chapa pura” onde puder.
“Se depender de mim, vamos ter candidaturas majoritárias em todos os municípios, ou no máximo que conseguirmos, o que inclui Campo Grande. Não teremos um orçamento robusto como o de outros partidos tradicionais da região, mas é possível vencer sem dinheiro e concorrer de forma digna. Eu sou a prova disso, o Bolsonaro foi a prova disso e o Nicolas também”, explica o presidente estadual do PL-MS, também deputado federal da sigla na Câmara dos Deputados.
Força política e renovação para uma mudança em MS
Na linha de Pollon, estima-se a possibilidade do PL ter, nessa área do Brasil, até 500 candidaturas a vereadores, com chances reais de candidaturas de prefeito e vice da sigla, já preparadas em 30 municípios. Número para majoritária que ainda pode crescer, a partir de articulações do deputado federal nas 79 cidades, já que tudo depende muito do encorajamento a novos nomes da política.
Na estratégia de Pollon, graças ao trabalho do PL Mulher local, cerca de 200 mulheres devem colocar nomes à disposição para serem futuras vereadoras, em um Estado que apenas 164 têm mandato. Vale lembrar que, em 2020, em sete municípios sul-mato-grossenses não houve eleição de representatividade feminina nas Casas de Leis.
Bolsonarismo x Política Tradicional
Já quanto a disputa por prefeituras o cenário é bem ousado, já que o partido enfrentará uma hegemonia de PSDB e PP em 41 cidades, enquanto o PL teve apenas um prefeito eleito há quatro anos. No âmbito nacional, o planejamento é de se eleger mais de mil nomes para governo municipal em 2025, e em 14 capitais a sigla sinaliza candidaturas próprias, tudo para reverter o que foi em 2020, quando nenhum prefeito de capital foi eleito pelo Partido Liberal.
Hoje o único Chefe de Executivo Municipal em uma capital, que está filiado ao PL é João Henrique Caldas, prefeito de Maceió, mas que chegou ao poder pelo PSB. Em Campo Grande, o diretório municipal, ainda irá definir os rumos da estratégia deste ano, seja para uma candidatura própria na majoritária, ou a retirada dessa iniciativa, que manteria ainda a prioridade de eleger três vereadores na Câmara Municipal.
Entre os nomes, que são cotados na eventual cabeça de chapa do PL, para a Prefeitura de Campo Grande, figuras de destaque como o próprio deputado federal Marcos Pollon, os deputados estaduais, Coronel David e João Henrique Catan, ou o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cotado para se filiar na sigla. Para atingir o objetivo de uma bancada com três na Câmara, a chapa de candidaturas à vereança precisará superar a marca de 50 mil votos, conforme a expectativa para o quociente eleitoral local de 2024.