O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou, nesta segunda-feira, 21, um inquérito contra seis empresários, por falta de provas. Eles estariam sendo investigado por suposto incentivo a um “golpe de Estado”.
Em agosto do ano passado, Moraes mandou investigá-los, em virtude de mensagens enviadas em um grupo privado de WhatsApp, nas quais se defende a mudança do regime politico vigente. O site Metrópoles publicou o conteúdo, usado por Moraes na decisão. À época, a Polícia Federal cumpriu mandados judiciais em endereços dos empresários e levou objetos pessoais, como celulares.
A investigação, contudo, permanece para o dono da Havan, Luciano Hang, e para o fundador da Tecnisa, Meyer Joseph Nigri. A dupla fazia parte do grupo de WhatsApp. A Polícia Federal (PF) vê ligação entre eles e a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Dessa forma, antes de pedir o arquivamento da investigação para Hang e Nigri, pediu prorrogação de mais 60 dias a Moraes.
“A investigação carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”, argumentou Moraes, no despacho.
Moraes manteve inquérito para Hang e Nigri
Conforme Moraes, sobre o pedido de extensão para Hang e Nigri, “a dilação de prazo solicitada pela PF é justificada, uma vez que, em relação ao investigado Meyer Joseph Nigri há necessidade da continuidade das diligências, pois o relatório da Polícia Federal ratificou a existência de vínculo entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive com a finalidade de disseminação de várias notícias falsas e atentatórias à Democracia e ao Estado Democrático de Direito”.