O professor de biologia Johnson Varkey foi demitido pela faculdade texana St. Philip’s College, depois de afirmar em sala de aula que o sexo é definido pelos cromossomos X e Y. O docente lecionou por 22 anos na instituição e formou mais de 1,5 mil alunos.
Tudo começou quando quatro alunos o denunciaram à reitoria, em virtude dos comentários “transfóbicos e racistas”. O quarteto acusou Varkey de fazer pregações religiosas, propagar “retórica antiaborto e brincadeiras misóginas”. Os estudantes disseram ainda que o professor “ultrapassou os limites da liberdade acadêmica com suas opiniões pessoais ofensivas às minorias”.
Embora o professor de biologia tenha sido demitido em novembro de 2022, começou a circular nesta semana nas redes sociais, após o First Liberty Institute, grupo que atua na defesa de Varkey e apoia a liberdade de expressão nos Estados Unidos, tornar pública a situação do cliente nas redes sociais.
“No curso de ensino de Anatomia e Fisiologia Humana, Varkey fez essas afirmações em todas as aulas, por 20 anos, sem nenhum incidente ou reclamação”, disse o instituto, em carta enviada à reitoria da universidade. Varkey entrou na Justiça para obter o direito de voltar a lecionar no local.
A First Liberty disse que a faculdade está participando de “discriminação religiosa ilegal no emprego sob a Primeira Emenda e o Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964”, argumentando que Varkey “acredita que é obrigado como cristão e como professor a ensinar conceitos precisos e verdadeiros compatíveis com seus muitos anos de pesquisa e estudo no campo da biologia humana”.