A administração de Ricardo Ayache à frente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) tem sido alvo de controvérsias. O presidente da instituição após ser criticado, decidiu processar cidadãos comuns que desaprovam sua gestão à frente da organização.
Em um levantamento realizado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), foram encontrados diversos processos públicos instaurados por Ayache. Entre eles, dez ações de calúnia, onde o presidente da Cassems pede retratação e indenizações que chegam a R$ 50 mil de cada um dos acusados.
Críticas à postura de Ayache vêm de diferentes segmentos da sociedade. Muitos enxergam suas ações como uma tentativa de silenciar vozes dissidentes, questionando a transparência e a eficiência da gestão da Cassems. “Processar cidadãos comuns por expressar sua opinião é uma atitude que vai contra os princípios democráticos”, afirmou um servidor que preferiu não ser identificado.
A gestão de Ricardo Ayache tem sido marcada por polêmicas relacionadas à administração financeira e à qualidade dos serviços prestados pela Cassems. Críticos apontam que, ao invés de responder às reclamações e buscar melhorias, a administração recorre a processos judiciais para intimidar opositores.
Conforme noticiado pelo MS Conservador, na última Assembleia realizado nesta terça-feira (10), o presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), enfrentou vaias e manifestações contrárias durante sua fala.
Após receber vaias, Ayache questionou o nome do manifestante que o criticava. A atitude gerou indignação entre os presentes. “Qual o seu nome? Não tem coragem de falar seu nome?”, pergunta Ayache. Nesse momento, após as perguntas, as vaias aumentaram, levando o presidente da Cassems a mudar de assunto.
“Qual a necessidade de perguntar o nome? Vai punir o servidor?”, denunciou uma servidora que preferiu não se identificar, reforçando a sensação de intimidação.
O uso de ações civis e penais contra críticas pode ser visto como uma estratégia para deslegitimar a insatisfação pública. A liberdade de expressão, protege o direito de indivíduos e grupos de expressar suas opiniões, especialmente em relação a figuras públicas. O questionamento está no quanto essas ações impactam o debate público e a saúde democrática.
A reação de Ricardo Ayache às críticas levanta um debate importante sobre a liberdade de expressão e a responsabilidade dos líderes frente às suas gestões. O futuro da Cassems e a confiança do público em sua administração podem depender da maneira como essas ações judiciais são interpretadas e do diálogo que será promovido entre a gestão e os usuários.