As três pessoas sob suspeita de insultarem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um incidente ocorrido na sexta-feira (14) no aeroporto de Roma, compareceram à Polícia Federal no domingo (16) para prestar depoimento. Em sua defesa, os suspeitos negaram as acusações e pediram a divulgação de “imagens potencialmente capturadas” para elucidar o incidente.
Segundo a nota divulgada após o depoimento, a versão dos suspeitos difere do relatado. O texto menciona que um homem de 70 anos, marido de uma das suspeitas, Andrea, sentiu-se obrigado a intervir após um “jovem” proferir insultos verbais contra sua esposa. O jovem teria se referido ao ministro como “bandido, comunista, comprado”, sendo que a alusão a “jovem” poderia ser uma referência ao filho do ministro, que teria sido alvo de agressão.
A nota também indica que os suspeitos estão dispostos a retornar à PF para fornecer quaisquer esclarecimentos adicionais necessários, uma vez que as imagens do incidente sejam divulgadas.
Leia a íntegra da nota do casal Mantovani:
“Roberto Mantovani Filho e sua esposa lamentam, sinceramente, todo o acontecido, estando convictos da existência de equívoco interpretativo em torno dos fatos. Esclarecem que as ofensas atribuídas como se fossem de Andréa ao Ministro Alexandre de Moraes foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa, não por ela.
Que dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o Ministro. Que diante dessa discussão, que ficou acalorada diante das graves ofensas direcionadas a Andréa, Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor. Dessa forma, reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao Min. Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares.