Trump anuncia controle de Gaza e irrita Lula: “Quem Tem que Cuidar de Gaza São os Palestinos”

Foto: Adriano Machado / Scott Olson/Getty Images e MATEUS BONOMI/AGIF

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (4) que os EUA vão “assumir o controle” da Faixa de Gaza. A declaração, feita ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, irritou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reagiu criticando o anúncio.

Trump destacou que a iniciativa americana traria benefícios à população local, promovendo crescimento econômico, geração de empregos e infraestrutura.

— Os Estados Unidos vão assumir o controle da Faixa de Gaza, e faremos um grande trabalho lá. Será nossa responsabilidade desmontar todas as bombas não detonadas e outras armas, nivelar o solo e nos livrar dos edifícios destruídos para impulsionar o desenvolvimento econômico que gerará uma quantidade ilimitada de empregos e moradias para a população — declarou Trump.

Já Lula, incomodado com a postura dos EUA, criticou a iniciativa americana e insistiu que apenas os palestinos deveriam cuidar da reconstrução do território.

— O que aconteceu em Gaza foi um genocídio, e eu sinceramente não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza. Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos — afirmou o petista, em entrevista a rádios de Minas Gerais.

A posição de Lula, no entanto, levanta questionamentos sobre sua visão geopolítica e sua capacidade de influenciar o cenário internacional. Enquanto os EUA propõem uma ação direta para reconstrução da região, o líder brasileiro insiste em um discurso genérico, sem apresentar soluções concretas.

Além disso, ao insistir na retórica de “genocídio”, Lula reforça seu distanciamento das principais potências ocidentais e pode complicar ainda mais a relação diplomática do Brasil com os Estados Unidos e Israel. Enquanto Trump busca fortalecer o papel dos EUA na região, o presidente brasileiro continua apostando em discursos ideológicos que pouco contribuem para a solução do conflito.

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