O ministro do STF, Alexandre de Moraes, validou neste sábado (9) o acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a homologação, Moraes também concedeu a Cid liberdade provisória com condições: uso de tornozeleira eletrônica, restrições de saída noturna e aos finais de semana e o afastamento de suas atividades no Exército.
O acordo surgiu após tratativas com a Polícia Federal e abrange o inquérito que investiga as chamadas “milícias digitais” e seus desdobramentos, incluindo a suspeita de venda de presentes oficiais durante a gestão Bolsonaro. No cerne dessa investigação, a PF examina a suposta rede criminosa com objetivos de ‘comprometer o Estado Democrático’.
Cid, detido desde 3 de maio, era objeto de uma operação da PF que verificava a inclusão de registros falsos de vacinação contra a Covid no sistema do Ministério da Saúde, envolvendo membros da família Bolsonaro. Além disso, suspeitas sobre a venda irregular de presentes oficiais e joias do período governamental de Bolsonaro pesavam sobre ele.